terça-feira, 28 de abril de 2009

Cai o pano...



Passados alguns meses sobre aquela desafiante aula de Português, onde, sem qualquer receio, As Borregas aceitaram esta longa maratona de criatividade, que o nosso blogue foi aos poucos ganhando forma... Ao início, ainda num ambiente de descontracção, os nosItálicosos encontros eram bastante divertidos e sem grandes preocupações. Mas, aos poucos, com o passar do tempo, este projecto foi se expandindo! Podemos mesmo dizer que, para nós, a pressão dos prazos foi bastante propícia, visto que foi na recta final que As Borregas se empenharam mais e mais, para trespassar para cada uma das imagens, para cada linha escrita ou para qualquer vídeo produzido, toda a inspiração que a história de Pedro & Inês lhes provocou...


Assim, para além de termos alargado o nosso leque de conhecimentos sobre este mítico Romance, adquirimos outros aspectos históricos envolventes que nos ajudarão para a nossa formação... Contudo, aquilo que de mais rico guardamos são, sem dúvida, todos os momentos passados juntas, onde cada sorriso proporcionou uma imagem, onde cada troca de ideias passou para qualquer texto ou mesmo onde cada brincadeira nos guiou até à imaginação que deu azo a este blogue e a todo o seu conteúdo!


Por fim, resta-nos reconhecer o nome de algumas pessoas que nos ajudaram incessantemente a desenvolver este trabalho sem cuja ajuda este resultado final não seria possível. Eis as nossas ajudas e colaborações: as nossas famílias e amigos próximos que atentamente nos acompanharam; Ana Teodoro, Ricardo Teodoro e Rita Marcelino que nos ajudaram a desenvolver algumas tarefas; Ivo Cosme que se revelou fundamental em toda a parte informática; o CISE (Centro de Interpretação da Serra da Estrela) que serviu de cenário da “nossa história” e que nos recebeu com uma enorme simpatia; à professora Mª dos Anjos Poeira por todas as dicas fundamentais e tempo dispensado; e, como os últimos são os primeiros, à professora Manuela Silva que se revelou disponível em qualquer momento, sendo uma preciosa ajuda para “esta história”... A todos eles e aos nossos seguidores e comentadores um grande Bem-haja!


Resta dizer que foi para nós um privilégio desenvolver este blogue e que certamente vai permanecer como legado para a nossa vida futura, inspirando-nos no dia-a-dia...


Parabéns à iniciativa conjunta do Plano Nacional de Leitura e à Fundação Inês de Castro, por neste momento estarem a despertar nas Borregas um fiozinho de nostalgia neste último post...



A música esmorece, o eco dos aplausos ressoa pelas paredes. O cheiro do teatro, o estalar da madeira do palco e a adrenalina da multidão fazem-se sentir pela última vez. Chegou a altura do adeus.


Lançam um último olhar sobre a plateia, enquanto a cortina vermelho sangue começa a ser corrida. A luz dos projectores não permite vislumbrar mais do que sombras, mas elas sabem que, para lá do palco, há muito, muito mais.


Toda a gente conhece o fim. Não deixam, no entanto, de se surpreender pela rara beleza dos vários momentos que antecedem o tão fatídico cair da cortina. Uma noite que pode durar uma (ou até muitas) vidas.


Toda a gente se começa a levantar, num burburinho tão típico de final de tudo. Pegam nas suas coisas e começam a abandonar o teatro. Levam consigo, porém, uma parte dele, deste drama, desta magia. Da sua própria história. Algo que, mesmo depois dos aplausos, do brilho cessarem, nunca os vai deixar.


As portas são fechadas.


A luz ténue apaga-se.


Uma lágrima atinge o chão de madeira.


No palco, uma Rainha coroada depois de morta e um príncipe justiceiro abraçam-se numa perfeita harmonia de sentidos. Ainda não acabou. Nunca irá acabar.


O pano, finalmente, cai...

domingo, 26 de abril de 2009

Coimbra - O pano de fundo deste amor...

COIMBRA





Coimbra é uma lição

De sonho e tradição

O lente é uma canção

E a lua a faculdade

O livro é uma mulher

Só passa quem souber

E aprende-se a dizer saudade


Coimbra do choupal

Ainda és capital

Do amor em Portugal, ainda

Coimbra onde uma vez

Com lágrimas se fez

A história dessa Inês tão linda


Coimbra das canções

Tão meiga que nos pões

Os nossos corações, a nu...

Coimbra dos doutores

Para nós os seus cantores

A fonte dos amores és tu.


A letra da música que está a tocar no nosso blogue...


Esta letra faz referência ao amor de Pedro e Ines, e sobretudo, refere-se à cidade de Coimbra, pano de fundo de longos momentos de amor entre este belo casal...

Na voz da Amália e com composição de José Maria Galhardo e Raúl Ferrão, a música é Coimbra...

Pedro & Inês - Um amor para lá da morte...

Mesmo depois da morte de Inês de Castro, o amor de D. Pedro revelou-se incondicional, visto que este de tudo fez para honrar o seu nome, coroando-a rainha depois de morta.
Como sabemos, a relação foi condenada pelo pai de D. Pedro, o rei D. Afonso IV, condenando à morte, em 1355, D. Inês, por alegada traição ao reino.

Então, após subir ao trono, D. Pedro I levou a cabo a missão de vingança, condenando com violência todos os culpados e envolvidos na morte da sua amada. Após ter saciado a sua ânsia de dignificar a imagem da sua amada, D. Pedro ordenou a trasladação do corpo de Inês, da campa modesta no Mosteiro de Santa Clara, em Coimbra, onde se encontrava, para um túmulo de pedra que mandou colocar no Mosteiro de Alcobaça, constituindo hoje uma das maiores esculturas tumulares da Idade Média, no País.

Mais tarde, D. Pedro I mandou esculpir outro monumento semelhante ao de D. Inês de Castro, que seria colocado em frente do da sua amada, para que após a sua morte permanecesse eternamente ao lado do seu grande amor.

O Rei determinou, no seu testamento, que, aquando da sua morte, os túmulos deveriam ser colocados de modo a que no dia do juízo final, quando os dois apaixonados ressuscitassem, se olhassem olhos nos olhos.



D. Inês de Castro e D. Madalena de Vilhena - O que têm em comum?

Na obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garret, estabelece-se um paralelismo entre a personagem principal desta obra: D. Madalena de Vilhena e a personagem principal do nosso blogue: D. Inês de Castro. Esta relação é feita no Acto Primeiro, na Cena I, com o monólogo de D. Madalena, mais precisamente, numa reflexão a propósito do canto III da obra Os Lusíadas de Luís de Camões, onde são abordados os amores de D. Pedro e D. Inês de Castro.

Assim, Garret recorreu à mítica figura de Inês de Castro para evidenciar a densidade psicológica de D. Madalena, visto que o amor trágico e infeliz que surgiu entre o mítico casal é associado ao amor de D. Madalena e Manuel de Sousa Coutinho, através de uma auto-reflexão da própria D. Madalena.

Tanto D. Madalena como Inês de Castro caíram no erro de se deixar encantar, chegando mesmo a apaixonar-se por “homens proibidos”. No entanto, podemos concluir que a situação é mais angustiante para D. Madalena do que para D. Inês, pois a primeira tinha consciência da situação e vivia feliz, enquanto que D. Madalena ansiava pela felicidade, ainda que fosse de curta duração.

Como vemos, mais uma vez a lendária história de amor entre Pedro e Inês serve de inspiração para se contarem outras tantas histórias de amores de perdição...

sábado, 25 de abril de 2009

Inês de Castro pelo mundo...

Como todas as grandes histórias, também o amor entre Inês e D. Pedro não poderia ficar esquecido, remetido apenas aos portões da saudosa quinta de Coimbra… Esta história tem vindo a ser divulgada, como pudemos verificar, durante o processo de criação deste blog, através da Literatura, Cinema, Música, etc. e, dessa forma, é actualmente conhecida por várias culturas por esse mundo fora.

Começamos pela nossa vizinha Espanha. Obviamente, sendo a principal protagonista e vítima deste romance originária desse lado da fronteira, o romance entre Inês e Pedro teve (e tem ainda) repercussões por entre os espanhóis.

Também aos países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa – Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe) chegou esta história através do inevitável Luís de Camões e da sua obra “Os Lusíadas”. É de destacar o Brasil, país no qual todos os alunos contactam com “Os Lusíadas” durante o seu percurso escolar, tomando assim conhecimento desta mancha sangrenta na longa História de Portugal.

Pode constatar-se o choque com que o drama é recebido por todos os que dele tomam conhecimento, pois a memória da inocente e apaixonada dama, morta tão cruel e cobardemente, nunca deixará os nossos corações.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Quinta das Lágrimas - Um cenário ideal






Na margem direita do rio Mondego, situada nas proximidades do Portugal dos Pequeninos, cuja origem se perde nos séculos, existe um espaço chamado Quinta das Lágrimas.
Esta Quinta é considerada um dos espaços mais magníficos que o nosso país possui.
A Quinta das Lágrimas é preenchida por meras imaginações, lendas, devido à existência de uma mistura de sentimentos e emoções inexplicáveis, uma vez que, como dita a lenda, foi aqui que se deu o fim de uma das histórias mais românticas que algum dia existiu em Portugal e no Mundo.
Nesta Quinta existem duas nascentes que foram compradas pela Rainha Isabel de Aragão para abastecer de água o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha e o Paço Real.
Recentemente foi criado um novo Jardim, denominado Jardim Medieval, em homenagem aos amores de Pedro e Inês.
Por entre jardins, folhas espalhadas, árvores com mais de cem anos, surge uma simples fonte, onde tudo parecia igual, mas uma pequena marca avermelhada faz toda a diferença, diferença esta capaz de explicar o fim de um amor invejável por todos. Esta fonte denomina-se Fonte das Lágrimas e foi aqui q
ue se deu a morte de Inês de Castro, uma fidalga galega, que era de dama de companhia de D. Constança, esposa de D. Pedro.
D. Pedro sempre fora apaixonado por Inês de Castro, sendo considerado um amor proibido, mas, como os ditados populares dizem: “O fruto proibido é o mais apetecido”, ou seja, D. Pedro, mesmo casado com D. Constança, sempre que podia, procurava Inês, pois o seu sentimento falava mais alto.
D. Afonso IV, não concordando com o sentimento que o seu filho tinha pela fidalga galega Inês, decretou que a matassem, com o objectivo de pôr fim a este amor secreto uma vez que tinha receio que este romance pudesse vir a pôr em causa a independência de Portugal. Foi então que, quando menos se esperava, os algozes do rei a apunhalaram pelas costas, fazendo com que o seu sangue se derramasse pelas rochas que formavam a simples fonte das lágrimas.
É este um dos motivos pelos quais os visitantes consideram a Quinta das Lágrimas um lugar magnífico, que para além da sua beleza natural está recheado de história e de sentimentos que jamais serão esquecidos.