domingo, 26 de abril de 2009

D. Inês de Castro e D. Madalena de Vilhena - O que têm em comum?

Na obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garret, estabelece-se um paralelismo entre a personagem principal desta obra: D. Madalena de Vilhena e a personagem principal do nosso blogue: D. Inês de Castro. Esta relação é feita no Acto Primeiro, na Cena I, com o monólogo de D. Madalena, mais precisamente, numa reflexão a propósito do canto III da obra Os Lusíadas de Luís de Camões, onde são abordados os amores de D. Pedro e D. Inês de Castro.

Assim, Garret recorreu à mítica figura de Inês de Castro para evidenciar a densidade psicológica de D. Madalena, visto que o amor trágico e infeliz que surgiu entre o mítico casal é associado ao amor de D. Madalena e Manuel de Sousa Coutinho, através de uma auto-reflexão da própria D. Madalena.

Tanto D. Madalena como Inês de Castro caíram no erro de se deixar encantar, chegando mesmo a apaixonar-se por “homens proibidos”. No entanto, podemos concluir que a situação é mais angustiante para D. Madalena do que para D. Inês, pois a primeira tinha consciência da situação e vivia feliz, enquanto que D. Madalena ansiava pela felicidade, ainda que fosse de curta duração.

Como vemos, mais uma vez a lendária história de amor entre Pedro e Inês serve de inspiração para se contarem outras tantas histórias de amores de perdição...

3 comentários:

  1. Muito bem Borregas!
    Parabéns!Continuem que vão longe.

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  2. 'No entanto, podemos concluir que a situação é mais angustiante para D. Madalena do que para D. Inês, pois a primeira tinha consciência da situação e vivia feliz, enquanto que D. Madalena ansiava pela felicidade, ainda que fosse de curta duração. ' Há qualquer coisa mal explicada..

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  3. Não está mal explicado. É que D. Inês de Castro sabia a situação em que se encontrava, mas D.Madalena nunca soube se realmente D.João de Portugal realmente tinha morrido na Batalha de alcacer-quibir, o que fazia com que ela vivesse na dúvida. Ja que se D. João estivesse vivo D.Maria seria considerada bastarda porque era proveniente do segundo casamento, apesar de este ter sido aprovado pela familia de D. João de Portugal.

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