quinta-feira, 23 de abril de 2009
O cenário desta história de amor...
Portugal no séc. XIV
Portugal no século XIV viveu tempos muitos difíceis… Estes tempos difíceis são caracterizados por uma forte crise nos diversos âmbitos existentes, ou seja, na descendência ao trono, na economia e na sociedade.
Esta forte crise, nos mais importantes alicerces de um país, foi causada por diversas razões.
No âmbito da política, houve um grande problema de ascensão ao trono porque não havia sucessor, isto é, houve uma crise de sucessão.
D. Pedro I casou com D. Constança de Castela em 1339. Deste casamento nasceram três filhos: Luís de Portugal (morreu apenas com 9 dias de vida), Maria de Portugal (morreu com 25 anos) e D. Fernando I, futuro rei de Portugal. D. Pedro I, após a morte de D. Constança, casou-se, secretamente, com D. Inês de Castro, de quem teve quatro filhos: Afonso de Portugal, Beatriz, Princesa de Portugal, João, Príncipe de Portugal e Dinis, Infante de Portugal. Depois da trágica morte da sua eterna amada, o Justiceiro teve ainda outro relacionamento, com Te
resa Lourenço, do qual resultou um filho: D. João I – Mestre de Aviz.
Após a morte do seu pai, D. Fernando I subiu ao trono. Casou-se em 1372 com D. Leonor Teles, de quem teve três filhos: D. Beatriz de Portugal (pretendente ao trono), D. Pedro de Portugal (morreu muito jovem) e D. Afonso de Portugal (morreu com apenas quatro dias de vida). D. Fernando I casou a sua única filha com o D. João I de Castela. Poucos meses depois, D. Fernando morre e deixa um grave problema, isto é, Portugal fica sob a alçada dos reis de Espanha. Pouco tempo depois, D. Leonor Teles mandou aclamar D
. Beatriz como Rainha de Portugal.
Com este acontecimento originaram-se grandes movimentos populares, um dos quais liderado por Álvaro Pais e o Mestre de Aviz (filho ilegítimo de D. Pedro I).
Com esta crise de descendência, criaram-se grupos de confronto: D. Leonor Teles tinha o apoio da nobreza e do clero português e espanhol; D. João, Mestre de Aviz, tinha o apoio dos camponeses e uma parte do clero e da nobreza. É em sequência desta situação que, no dia 14 de Agosto de 1385, se deu a Batalha de Aljubarrota (a independência de Portugal), onde o povo português saiu vitorioso. Com esta vitória, D. João I, Mestre de Aviz, foi aclamado rei de Portugal.
A crise económica, em Portugal, foi provocada, essencialmente, por duas razões: os maus anos agrícolas (invernos muito chuvosos, fracas colheitas de cereais, falta de alimentos) e a guerra entre Portugal e Espanha.
A crise social veio agravar mais a situação. Em sequência dos maus anos agrícolas, os preços dos produtos aumentaram e os impostos aumentaram, logo, o povo estava muito descontente.
O povo português vivia sem quaisquer condições, ou seja, não tinha água canalizada, não havia esgotos, havia uma grande quantidade de lixo nas ruas, havia muitos ratos, havia uma falta de higiene muito considerável e a havia muita fome (derivada aos maus anos agrícolas), logo, havia uma inclinação para a proliferação de doenças contagiosas. Esta falta de higiene provocou, em 1348, a primeira aparição da Peste Negra em Portugal.
Esta forte crise, nos mais importantes alicerces de um país, foi causada por diversas razões.
No âmbito da política, houve um grande problema de ascensão ao trono porque não havia sucessor, isto é, houve uma crise de sucessão.
D. Pedro I casou com D. Constança de Castela em 1339. Deste casamento nasceram três filhos: Luís de Portugal (morreu apenas com 9 dias de vida), Maria de Portugal (morreu com 25 anos) e D. Fernando I, futuro rei de Portugal. D. Pedro I, após a morte de D. Constança, casou-se, secretamente, com D. Inês de Castro, de quem teve quatro filhos: Afonso de Portugal, Beatriz, Princesa de Portugal, João, Príncipe de Portugal e Dinis, Infante de Portugal. Depois da trágica morte da sua eterna amada, o Justiceiro teve ainda outro relacionamento, com Te

Após a morte do seu pai, D. Fernando I subiu ao trono. Casou-se em 1372 com D. Leonor Teles, de quem teve três filhos: D. Beatriz de Portugal (pretendente ao trono), D. Pedro de Portugal (morreu muito jovem) e D. Afonso de Portugal (morreu com apenas quatro dias de vida). D. Fernando I casou a sua única filha com o D. João I de Castela. Poucos meses depois, D. Fernando morre e deixa um grave problema, isto é, Portugal fica sob a alçada dos reis de Espanha. Pouco tempo depois, D. Leonor Teles mandou aclamar D

Com este acontecimento originaram-se grandes movimentos populares, um dos quais liderado por Álvaro Pais e o Mestre de Aviz (filho ilegítimo de D. Pedro I).
Com esta crise de descendência, criaram-se grupos de confronto: D. Leonor Teles tinha o apoio da nobreza e do clero português e espanhol; D. João, Mestre de Aviz, tinha o apoio dos camponeses e uma parte do clero e da nobreza. É em sequência desta situação que, no dia 14 de Agosto de 1385, se deu a Batalha de Aljubarrota (a independência de Portugal), onde o povo português saiu vitorioso. Com esta vitória, D. João I, Mestre de Aviz, foi aclamado rei de Portugal.
A crise económica, em Portugal, foi provocada, essencialmente, por duas razões: os maus anos agrícolas (invernos muito chuvosos, fracas colheitas de cereais, falta de alimentos) e a guerra entre Portugal e Espanha.
A crise social veio agravar mais a situação. Em sequência dos maus anos agrícolas, os preços dos produtos aumentaram e os impostos aumentaram, logo, o povo estava muito descontente.
O povo português vivia sem quaisquer condições, ou seja, não tinha água canalizada, não havia esgotos, havia uma grande quantidade de lixo nas ruas, havia muitos ratos, havia uma falta de higiene muito considerável e a havia muita fome (derivada aos maus anos agrícolas), logo, havia uma inclinação para a proliferação de doenças contagiosas. Esta falta de higiene provocou, em 1348, a primeira aparição da Peste Negra em Portugal.

segunda-feira, 20 de abril de 2009
Um olhar artístico sobre Pedro e Inês
Pedro & Inês na grande tela...
Mais uma vez "As Borregas" decidiram fazer um levantamento sobre os protagonistas do nosso blogue: Pedro & Inês, mas desta foi a vez da grande tela...Fiquem por isso com uma listagem de algumas obras cinematográficas que melhor retratam este romance épico!
“ Dona Inês de Castro”
Realizador: Eduardo Leite
Ano: 1909
Produtora: Photo - Cinematographica Brasileira
Actores: M. Angélico; Eduardo Arouca; João Barbosa; Luiz Bastos; Romeu Bastos; Elvira Castro; Pilar de Bastos; Antonieta de Oliveira; Regina Ferreira; Eduardo Leite; Franklin Rocha...
“ Dona Inês de Castro”
Realizador: Eduardo Leite

Ano: 1909
Produtora: Photo - Cinematographica Brasileira
Actores: M. Angélico; Eduardo Arouca; João Barbosa; Luiz Bastos; Romeu Bastos; Elvira Castro; Pilar de Bastos; Antonieta de Oliveira; Regina Ferreira; Eduardo Leite; Franklin Rocha...
” Inês de Castro”
Realizador: Leitão de Barros
Ano: 1945
Produtora: Faro Filmes e Filmes Lumiar
Actores Portugueses: António Vilar; Erico Braga; Raul de Carvalho; Alfredo Runas; João Villaret...

Actores Espanhóis: Maria Dolores Pradera; Alicia Palácios...
« A 9 de Maio de 1945, estreava no S. Luís aquela que seria a mais importante das co-produções com Espanha. Este filme “Inês de Castro” constitui um sucesso de bilheteira e de crítica, tanto em Espanha como em Portugal. Aliás, em Espanha este filme foi classificado como sendo de interesse nacional. Foram realizadas duas versões, uma para Espanha e outra para Portugal, este filme constituiu um marco nas relações cinematográficas de ambos os países»
“Inês de Portugal”

Realizador: José Carlos de Oliveira
Ano: 1997
Produtora: Lusomundo Audiovisuais, SA
Actores: Carlos Cabral; Cristina Homem de Mello; Heitor Lourenço; José Carlos de Oliveira; Ruy de Carvalho...
«O tratamento dramático dos elementos que deram origem ao mito, trazem uma nova dimensão às personagens deste drama. Inês de Castro uma mulher profundamente apaixonada por D. Pedro. Mas que tem um plano político e a inteligência e determinação para o aplicar. Até a morte brutal que o interesse do Reino lhe impõe. D. Pedro, após viver a paixão com Inês, não mais perdoará a quem lha tirou. Governará obcecado pela vingança, pairando entre o mel das memórias e a dor da eterna, definitiva ausência da sua grande paixão. Até à vingança final, efémera.»
domingo, 19 de abril de 2009
Entrevista virtual a D. Pedro e D. Inês - EXCLUSIVO
Várias versões se contam sobre a história de D. Pedro e Inês de Castro... serão apenas mitos? Mentiras inventadas pelos populares ao longo dos séculos?
"As Borregas" descobriram a verdade numa entrevista EXCLUSIVA com o casal do momento!
"As Borregas" descobriram a verdade numa entrevista EXCLUSIVA com o casal do momento!
“As Borregas” - D. Inês de Castro as suas origens são em Castela e, ao que parece, bastante humildes... Alguma vez imaginou estar a viver uma relação com um dos homens mais importantes do reino?
Inês de Castro – Como calculam, estou bastante feliz, estou radiante... Num dos melhores momentos da minha vida... Tenho uma relação estável com D. Pedro que me faz sentir uma das mulheres mais completas do mundo e tenho dois filhos lindíssimos! E para responder à vossa pergunta, obviamente que todos sonhamos com a felicidade, mas nunca imaginei vivenciar o que sinto neste momento!
“As Borregas” – É reconfortante ouvir estas palavras da sua amada, que tanta gratidão espelham?
D. Pedro – (risos) Eu estou ainda mais feliz depois de ouvir estas palavras da minha bela Inês. E para retribuir também posso dizer que a Inês foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida! De facto, estamos a viver uma linda história de amor!
“As Borregas” – Para viverem este pleno momento de felicidade, como já os dois relataram, tiveram que ultrapassar alguns obstáculos... Pois, não foi, na primeira vez que se viram, que o romance surgiu...
D. Pedro – Faço questão de ser eu a responder... E, para que fique esclarecido, desde a primeira vez que vi Inês, na altura, aia de minha esposa D. Constança, fiquei encantado com os seus olhos verdes carregados de uma melancolia tão apaixonante... E depois desse momento, nos nossos vários encontros clandestinos, essa paixão foi-se consolidando, até chegar aos dias de hoje. Com a trágica morte de minha antiga mulher, posso dizer que, apesar da tristeza que me invadiu, foi reconfortante poder assumir o romance que tinha com Inês. E, embora com algum receio, foi isso que fiz! Como é óbvio, nem todos o viram com bons olhos...
“As Borregas” – Está a referir-se a alguém em particular? Ao seu pai?
D. Pedro – Também, mas não só... Como sabem, Inês de Castro não tem sangue real... Logo, não é muito bem aceite... Mas, com o nosso amor, estamos dispostos a enfrentar todas as barreiras que se opuserem! E vamos ser capazes, pois uma história como a nossa não poderá ser destruída...
“As Borregas” – D. Inês, vemos que tem aqui um justiceiro capaz de fazer por si tudo que lhe trouxer felicidade... Qual seria a melhor prova de amor que D. Pedro lhe podia dar?
Inês de Castro – Só se pedem provas quando há necessidade de confirmar algo... Neste caso, não preciso que Pedro confirme o amor que tem por mim, pois ele mostra-o todos os dias nos seus gestos, nas suas palavras... Contudo, gostava que Pedro jamais me esquecesse, que fosse uma história eterna!
“As Borregas” – Não tem receio que algo de ameaçador aconteça consigo, uma vez que não é uma pessoa muito bem vista entre a corte?
Inês de Castro – Há sempre receio quando se enfrentam as pessoas... E, obviamente que, quando decidimos assumir a nossa história, tivemos que pensar em todas as consequências. E quando o fizemos, concordámos que estaríamos dispostos e preparados para as arcar... Daí que Pedro me tenha prometido que jamais deixaria que algo de mau acontecesse! Ele é um homem muito justo.
“As Borregas” - Ao longo desta entrevista é notório que estão mais felizes do que nunca... Pode dizer-se que o símbolo máximo desta felicidade são os vossos filhos?
D. Pedro – Sim, os nossos lindos filhos foram um enorme presente e são o fruto da nossa paixão... Só eles podem ser o reflexo da nossa história...Amo-os muito!
“As Borregas” – Para terminar esta agradável conversa... Como gostavam de ser recordados daqui a muito tempo?
Inês de Castro – Bem, essa é uma pergunta bastante difícil... Pois, é muito difícil imaginar qualquer coisa que aconteça no futuro. Mas eu gostava muito que a nossa história permanecesse por muito tempo como um lindo romance que enfrentou muitos obstáculos para o ser...
D. Pedro – Eu diria mais... Espero que daqui a muitos anos, eu seja recordado como um rei justo, que lutou e conquistou o amor de Inês. Escrevendo, assim, uma página na história de um rei capaz de enfrentar tudo apenas pelo reconfortante amor da sua amada! Desejo também que a nossa história inspire muitos corações apaixonados, ajudando-os a assumir o seu amor...
Obrigada Pedro e Inês, pelo vosso esclarecedor depoimento. Foi fantástico poder descobrir a verdade por detrás da teia de intriga e ciúme que rodeia a vossa história e esperamos que, tal como disseram, ela inspire muitos corações por esse mundo fora. Obrigada uma vez mais... e boa sorte!
sábado, 18 de abril de 2009
Inês de Castro e D.Pedro na Literatura - Drama
DRAMA
- Tragédia:
- " Linda Inês ou o Grande Desvairo " de Armando Martins Janeira
«Uma lenda antiga numa forma moderna, para ser amada pelos homens livres do meu tempo e dos tempos assombrosos que vão nascer.»
- "A Castro " de Júlio Dantas
- "A Castro" de António Ferreira
- " A Nova Castro" de João Baptista Gomes Júnior
- "La Reine Morte" de Henri de Montherlant
- Teatro:
- " Inês de Castro" de Gondim da Fonseca
- " L´Inês de Camões " de Adrien Roig
- "Pedro o Cru"de António Patrício
- Ópera:
- " Inês de Castro” de Carl Maria Friedrich Ernst von Weber
- "Inês de Portugal" de Julien Duchesne
«Ignez de Castro, morta, foi Rainha!Desenterrada, a dama, com respeito,Levantada ao trono, já não tinhaO forte amor, que alguém quis ver desfeito…»
Depois desta extensa lista em que demos a conhecer diferentes olhares de muitos autores, esperamos que esta história continue a inspirar muitos corações apaixonados e que se continue a escrever nos mais diversos estilos para que este lindo romance não se perca, permanecendo por muitas gerações!
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